terça-feira, 28 de dezembro de 2010

AOS FILHOS

Onde estáveis, filhos, meus filhos?
Que demorastes tanto a vir dissuadir-me da tristeza;
Pacificando este meu coração – de que já até duvidava que fosse humano
Tamanha a dureza!

Tuas mãos quentes,
Olhos vibrantes, sorrisos e orelhas,
Pés, dentes, cabeleiras e inocência,
Tudo de vós rechaça de mim qualquer angústia do mundo.

No dia a dia dos ensinamentos que me concedeis,
Aprendo a viver por amor,
A relevar os aborrecimentos fúteis dos dias,
E a enobrecer meus sentimentos.

Ensinais-me paciência e tolerância,
Lealdade e altruísmo.
Vejo mais claras a compaixão e a fé,
Porque sois tais coisas concedidas a mim pelo Senhor!

Onde estáveis, filhos, meu filhos?
Em que parte? Em que dimensão?
Que eu esperava ansiosa e secretamente a vossa vinda
Ao meu universo particular.

Viestes dividir os tempos da minha existência
Em antes e depois de vós.

Obrigado meu Deus,
Por minhas crianças abençoadas!
Obrigado filhos, meus filhos,
Por me deixarem amar tão pura e intensamente assim.

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GRACIAS ANDINAS