segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Extensão e profundidade. A intenção deste blog

A propósito de uma salutar discussão sobre este blog, seu formato e conteúdo, seu propósito e poder de alcance – uma das tantas boas conversas que mantenho com um colega artista plástico e escritor, de enorme sensibilidade, portanto – me vejo começando a refletir sobre extensão e profundidade das intenções.
Encontrei assim momento oportuno e início conveniente para escrever sobre a intenção de quem faz uso desse meio para se expressar (ou não).
É também uma forma de apresentar expressamente a intenção deste blog específico - esta ferramenta do tipo “garrafa com mensagem lançada na vastidão dos oceanos”.
Do blog, penso que ficou clara a intenção ingênua: escrever sem compromisso de vender qualquer ideia ou produto; desamarrado da vigilância da gramática; gratuitamente (por enquanto), mesmo que eventualmente a pouca fecundidade da imaginação e tímida habilidade técnica, os parcos conhecimentos e as poucas experiências se oponham.
Se em algum momento as entrelinhas vierem a sugerir preconceito, acreditem: não foi essa a intenção. Tenho cuidado que não cometerei mais incivilidades do que as faço no dia a dia, involuntariamente.
Não sendo literato, por enquanto não vejo como ganhar dinheiro escrevendo. Para isso, deveria ter maiores profundidade e extensão. Porém é rasa a fonte e curta a lâmina d’água.
Ganho da experiência apenas mais experiência (embora ainda não houvesse quem se dignasse a comentar os escritos).
Nota: creio que alguém pode estar lendo. Obrigado! (Não se sinta obrigado a comentar em razão do comentário que fiz).
Não há público alvo, nem revelações de verdades. Só opiniões e coração despido. Opiniões se alteram e corações se revestem. Melhor que seja assim, pois essa foi a minha intenção: flutuar palavras no ambiente virtual; quem sabe se não ressoará?
Se tencionasse vender algo, certamente teria pesquisado mercados e decidido pela linguagem mais apropriada, na forma, na cor, buscando o impacto de menor risco. Talvez nem quisesse escrever tanto, mais mostrar alguma solução, algum divertimento ou prazer, apontar necessidades (ou criar alguma).
O blog teria começado como diário, e hoje é instrumento eficiente de veiculação de coisas interessantes. OK! Fica como diário para mim.
A tudo precede a pergunta: qual a intenção? A duração do encanto é do tamanho da vulnerabilidade da intenção. Quanto antes se frustra o desejo, mais rápido se estiola a iniciativa.
Pode ser que logo a minha cesse, e fique mais uma sujeira no limbo da rede - como suponho haja milhões de intenções esquecidas, almas penadas que vagueiam com profundidades e extensões outrora relativamente maiores.

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GRACIAS ANDINAS